Projeto Tapiação

Na última quarta feira(13), alguns de nós que moramos em frente a estrada, onde da acesso a Hortigranjeira,(apenas alguns) tivemos a visita de dois capangas da atuante facção que administra a prefeitura de Nísia Floresta, os mesmos tentavam impor de goela abaixo um projeto que visava somente a obra em si, um projeto de construção de praça com quiosques e um ginásio poliesportivo. Porém, o mesmo não contemplava nenhuma adequação aos espaços estruturais das casas de quem mora em frente. Diante de tal atrevimento, não houve dialogo e tão bem logo, tratamos de repelir os mesmos como mereciam. Os dois que se diziam apenas "pau mandado da prefeitura", saíram de tal forma que se demorasse mais alguns instantes, teríamos sequestrado a planta deles em mãos. Um deles, é um velho conhecido na política de Nísia Floresta, o "Zé Ramires", que sem argumentos algum, foi convidado a fazer um breve esclarecimento sob

re o projeto, mas com a falta de argumentos qualitativos que pode-se conter os ânimos a tempo, foi desqualificado pelo seu grande erro e saiu acuado com outro sujeito, sem muita chance na defesa de uma planta que já estava podre antes mesmo de ser feita. Não é novidade...em ano de eleição, um município desprezado e esquecido no tempo por anos, que a nossa humilde Comunidade da Colônia do Pium, e que aliás fica a mais de 30km de sua cidade, cheio de carências de investimentos, como por exemplo, um posto policial, creche, ruas quase intransitáveis e com uma poeira de uma rodovia* que entorpece nossos pulmões. Vieram logo se preocupar com bancos de praças e quiosques...francamente viu!...é mais do que louvável um investimento, mas essa não é a prioridade. Respeitamos e sabemos que alguns dos moradores são a favor de tal projeto, só esqueceram de ver a planta em si, e principalmente, lembraram somente do investimento, da parte positiva e esqueceram dos efeitos a longo e médio prazo. Além do mais, boa parte dos moradores nas proximidades não foram consultados sobre tal, e nem tão pouco, esclarecidos sobre os impactos desse investimento. Pois o que foi visto na planta é uma estrutura que bloqueia a entrada de carros nas casas e destrói qualquer ideia de locomoção, fora os outros transtornos que não foram discutidos com os demais moradores em frente. Acreditamos sim, que a população quer uma praça, ginásio, uma área de laser enfim, queremos melhorias, mas não se pode sair atropelando a lógica do cotidiano inserido nesse determinado espaço sem haver um dialogo. O poder vem do povo e não podemos permitir essa tentativa de nos ludibriar com um investimento que não é de prioridade, além de que, a própria gestão(a qual ajudei à eleger) teve anos para desenvolver um projeto desses, mas devem estar pensando que vão conseguir enganar o povo local. Se depender dessa página, não! Estamos precisando à anos de um posto policial, de uma ambulância de PRONTIDÃO, de uma creche ESTRUTURADA e não em casas alugadas e adaptadas para irem levando a educação de nossas crianças como podem, necessitamos urgentemente de ruas calçadas, de saneamento, pois já pagamos à uma companhia estadual para tal, e é obrigação dos gestores municipais fazerem a fiscalização e cobrarem a execução plena desses serviços. Sabemos que somos carentes de desenvolvimento e por mais haja falta de conhecimento de alguns residentes, devemos ter humildade nos limites que nos são impostos, porém, esse tempo de retrocessos esta acabando, mesmo que lentamente, más, vamos lutar para desmascarar toda essa banda podre, que infecta o poder de decisão daquele cidadão necessitado por uma melhoria social, em sua vida como um todo. As dificuldades são realmente muito grandes e provavelmente o nosso esforço não dê lá grandes resultados, más somente o fato do povo demonstrar através de um simples voto, o seu poder de mudar qualquer realidade atual, já é o bastante para colocar qualquer gestor político contra a parede e fazer ele mostrar mais empenho no exercício de seu mandato, mesmo não sendo o esperado. Não vamos permitir! Se existe oposição mesmo, que fiquem bem ciente deste fato.

por Michell Fernandes