Candidato Juscyê
- tnisia
- 26 de ago. de 2016
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Não demorou muito, e já começamos a levantar informações dos candidatos. A terra do nunca socializou com Juscyê, candidato a vereador de Nísia Floresta pelo PSD na coligação o povo faz a vitória. Veja o que diz o candidato Juscyê:

TN - De onde surgiu a ideia de você se candidatar?
Juscyê -“A ideia de me candidatar já vem ao longo do tempo com a minha família, eu venho do serviço social na igreja, depois passei a fazer minicursos em Natal, mas adiante, ganhei bolsa na Facex, no Saleziano e posteriormente, passei a ser professor, onde sou formado em Biologia e Marketing. Recentemente, fui do conselho tutelar dos anos de 2012 a 2015, onde exerci a função de presidente.”
TN - Você mora aqui em Nísia Floresta?
Juscyê - “Sou nativo, nascido e criado aqui.”.
TN - Qual sua opinião sobre um suposto investimento em pleno ano eleitoral, de uma praça com quiosques na colônia do Pium? Não teria mais prioridades para o momento?
Juscyê – “A meu ver, o executivo já vem muito a quem do que se deve fazer em termos de prioridade e investimentos, talvez isso seja a ideia de sempre construir mudança no município, essas questões estruturais hoje, não estão em primeiro lugar em nenhuma gestão no mundo. No meu ver, as questões essenciais são, por exemplo, o falecimento de pessoas devido ao sistema de saúde pública do estado e dos municípios estarem sucateados hoje”.
TN – Qual o lema da sua campanha?
Juscyê – “O meu lema é o seguinte, eu venho de uma família que nunca teve nenhum candidato e as barreiras partidárias são enormes, vejamos bem, hoje nós temos o sistema mais evoluído em termos de eleições, os EUA não tem essa estrutura e temos uma política voltada para o partidarismo, a minha escolha do partido foi extremamente técnica a vista da eleição. Por que hoje o meu presidente, do meu partido, comunga de uns ideais que não são totalmente os meus, então hoje eu estou refém do PSD, por que o presidente fez a coligação sem escutar todo o partido, pois lá quem resolve é o diretório. E eu acatei a decisão deles, mas opinei por andar estritamente individual, sem interferir nas decisões do partido, então hoje minha campanha é feita pela minha pessoa, meus amigos, minha família, meus contatos, minhas amizades e as pessoas que acreditam. Eu acho que a política é isso. Então a minha campanha tem o lema: Deixe o Menino Trabalhar. Entretanto eu digo assim: Nem A, nem B, nem C, na hora tem que votar em Juscyê”.
EDUCAÇÃO:
TN - Todos os pré-candidatos prometem melhorar a educação, saúde condições de moradia, segurança, etc. Qual será sua prioridade em Educação, caso venha ser eleito?
Juscyê - “A educação em si, esta com o executivo, a questão hoje é que o legislativo não acompanha o dia-dia das escolas, o dia-dia dos professores, o dia-dia dos coordenadores. A minha prioridade é andar nas escolas, é escutar os professores e tentar minimizar o problemas que são fáceis de resolver como, por exemplo, um piso que estava danificado, as crianças se cortavam neles e ninguém aparecia por lá, então a minha prioridade é estar presente para essas pessoas”.
TN - Como você analisa o ensino municipal em nossa cidade? O que é preciso fazer para melhorá-lo?
Juscyê - “Estruturalmente estão melhores do que as do estado. As do estado estão praticamente sucateadas, mas só que a educação de Nísia, ela é uma só, ninguém pode desmistificar porque de zero aos quatorzes anos que é o ensino fundamental um, dois, a creche e o pré-escolar e sendo assim, todos são do município, pois somente o ensino médio hoje é do estado. Então eles comungam das mesmas coisas, a questão é só predial. A meu ver, a questão essencial de melhoria da educação está na profissionalização da rede como um todo, pois estou falando da merendeira participando na educação, dos agentes de saúde, dos programas de saúde dentro da escola, a rede de psicologia que não esta nas escolas, ou seja, é por ai que esta a maior defasagem. Você tem crianças que são extremamente maltratadas, que não tem nenhum acompanhamento em casa”.
TN – Você acha que a cidade de Nísia atualmente está carente de políticas publicas voltadas para a juventude e consequentemente para a exclusão social?
Juscyê – “Eu acho que não existe a política social dos mais pobres no município de Nísia Floresta, por que a politica em si, elas une as pessoas, no nosso caso, ela divide. A nossa política partidária, ela divide, e isso esta levando para que pessoas sejam desprivilegiadas com os projetos de casas e de empregos, no mais, esses projetos sociais, eles têm que nascer do povo e não dos vereadores, então tem que incentivar associações e grupos de jovens, por que são essas pessoas que devem influenciar o executivo e o legislativo”.
SAÚDE:
TN - Com tantos problemas que temos na cidade, por onde pretende começar seu trabalho para melhorar a saúde dos Nísia-Florestenses, caso seja eleito?
Juscyê – “Eu tenho um projeto que já é uma ideia minha, que é o recolhimento através de associação, juntamente com as igrejas, de recolher medicamentos ociosos. Todas as pessoas têm medicamentos em casa que estão guardados e vai para o lixo, proveniente de algum parente que faleceu, amostras grátis, isso também pode ser recolhido. Esse recolhimento, ele faz com que se destine para algum lugar, que seja da igreja ou de um grupo, mas que se tenha o mínimo de condições para que outras pessoas que não tenham condições vão lá, apresentem a receita e levem o medicamento a zero custo. A segunda ideia é criar o carro do bairro, pois quatro empresários ficaram de doar o carro para que esse carro sirva de elo, muitas vezes para tirar o gargalo das ambulâncias, e no sentido não de emergência, pois isso vai minimizar sem que eu espere o executivo. São projetos meus e dos meus amigos empresários que pretendemos colocar imediatamente em prática, caso a minha candidatura seja aprovada, pois é uma das minhas prioridades, a criação desse sistema, independente de comunicação do povo não com a prefeitura, mas com o vereador”.
TN - Com relação à questão do atendimento de urgência e emergência (PRONTO SOCORRO), a questão dos PSF’s, a questão dos atendimentos de baixa e média complexidade e principalmente a questão de uma maternidade municipal que há anos, é cobrada em nosso município, o que você pode dizer?
Juscyê – “Eu acho que agente tem que trabalhar com o que tem e não com promessas, pois o que nós temos hoje é agente de saúde e médico. Essa primeira equipe deve se orientada a fazer um acompanhamento nas comunidades, pelo menos na minha comunidade, irei cobrar prioritariamente, pois já conheço dezenas de casos. Eu acho que, com o executivo é cobrar logo uma SAMU por que Nísia, a questão territorial é imensa, você imagine um hospital no centro de Nísia, de Lago Azul é próximo ir para Nísia Floresta que é aproximadamente trinta quilômetros ou enfrentar vinte quilômetros até a UPA de Parnamirim?. Então o que mais fere as pessoas não é só o hospital em si, mas essa prontidão, essa ligação entre você da sua casa, o pronto socorro e como chegar ao pronto socorro. Então a SAMU não existe em Nísia, por que existiu um projeto que levaria duas ou três SAMU para Nísia e ficariam entre a entrada da cidade, uma ou duas, nessa região de Pium e outra nessa região de praias. E hoje não existe, então a questão de saúde é muito batida que poucas pessoas ousam a comentar e muitos fogem, mas eu acho que não é promessa, a gente tem trabalhar com o que tem. Quando fui do conselho tutelar, eu passava em dezenas de casas para visitar, para notificar as pessoas e perguntei a quanto tempo fazia que agente de saúde veio aqui? Eu não culpo o agente de saúde , por que com isso, numa declaração dessas, eu estou comprando uma brigar, más não é, a minha questão é, eu conversar com os agentes de saúde no intuito de minimizar os problemas. Eu acho que se houver o elo vereador-povo e houver independência do vereador com o executivo, as notícias vão chegar do povo para o executivo, pois muitas vezes, elas se calam na boca do vereador.”
TN - As drogas além de um gravíssimo problema social, más que causam doenças e em muitos casos leva a morte. O que pretende fazer para combater esse mal que se alastra em todos os municípios de Nísia Floresta?
Juscyê –“Foi o maior problema que enfrentei no conselho tutelar, Nísia não tem abrigos nem centros de terapia gratuita para essas pessoas e se tem, não dão conta da demanda. Eu conheço o centro de terapia aqui próximo a Casa do Chico, outro próximo ao posto de Pium e tem um na BR indo para Nísia, próximo ao posto da polícia rodoviária. É conturbado entre Parnamirim e Nísia, mas o problema das drogas, ele vem essencialmente do acompanhamento de professores da rede escolar. Eu acho que se todo jovem e toda criança de zero a dezessete anos devem estar na escola, à escola é primeira a sinalizar que aquele aluno esta faltando, que tem um comportamento diferente, então eu acho que precisa identificar e fazer um senso anônimo de possíveis intendências de pessoas e famílias que estão enfrentando esse problema e priorizar. Volto a dizer, é o programa de saúde da escola. Para minimizar a droga, não é vereador que vai resolver o problema das drogas, não é vereador que vai ajeitar as estradas, mas é povo que precisa ter a liberdade com os vereadores. Os vereadores tem uma barreira que são os cabos eleitorais, que eu tento evitar, tendo contato diretamente com todas as pessoas. Evitar os cabos eleitorais é você evitar um vício de você ficar preso a famílias*, a bases e a minha base é o povo, por isso que minha campanha tem sido muito singular, pois sou eu, sozinho, e não me rejeito e nenhum candidato a prefeito, não tenho barreiras nem bloqueios, me dou bem com todos e minha campanha atende especialmente ao povo de Nísia. Se o povo de Nísia, uns votam com A, com B e com C, tudo bem. Eu quero o voto para vereador”.
ECONOMIA:
TN - Sabendo do grande potencial de nossa cidade com relação ao turismo, qual serão suas propostas para alavancar esse setor tão abandonado de investimentos e estratégias?
Juscyê – “Nísia, ela mantem sozinha e contra todos no turismo. A própria cidade vem se mantendo com a riqueza que tem então, a meu ver, eu tenho um trabalho próximo a minha casa que é o resgate a questão de cultura e colonização, por que meu avô tem uma mercearia e ele, pagou tributos a Prefeitura Municipal de Papary e esse ponto que temos de apoio, eu pretendo colocar uma escola de artesanato e fazer um ponto de comercio, para que as pessoas que vão trabalhar por lá, recebam as comissões e a venda do seu trabalho. Com isso, eu quero promover por que, quando parentes meus que vem, por exemplo, do Rio de Janeiro e querem levar uma lembrancinha da cidade, é preciso se deslocar até o Cajueiro de Pirangi para poder comprar uma camisa com o nome de Carcará, Ponta Negra, Pipa, Muriu, Tibau etc. E esses produtos não existem em Nísia, então, o atrativo turístico tem que ter primeiro resultados rápidos e eu acho que esses resultados estão em lojinhas, profissionalização desses guias, contato direto com as empresas de turismo, facilitando o elo para Nísia. Mas eu acho que as pessoas ainda vão esbarrar na questão das estradas, se as pessoas forem esperar pelo governo, é perca de tempo, temos que ter atitudes pequenas, rápidas, pois eu conheço vários complexos aqui de Nísia que trabalham diretamente com turistas, então por que não entrar em elo com esses hotéis, ver as ideias. Eu já sentei várias vezes para conversar com o empresário do Praia Bonita, e ele me falava que se tivesse um local onde pudesse mandar o turista do hotel para aproveitar uma noite de cultura aqui no município, seria bom, por que quem fornecesse já ganharia um dinheiro, como também, toda a estruturação das barracas nas lagoas. Isso cai nas costas do vereador justamente quando e o executivo que não faz por que as verbas estão alocadas na prefeitura, é o prefeito que dá a ordem de serviço, tem que se fazer os despachos , portarias, mas eu como vereador, terei esse ponto de apoio para diminuir, para ajudar algumas pessoas nessa área e também espero, poder criar uma página de marketing, propaganda e publicidade da cidade, para atrair pessoas a esses pontos chaves, onde a gente possa esta dando um pequeno suporte.”
SEGURANÇA
TN - O que pretende fazer para criar elos entre os Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo no intuito de darem segurança e paz à população de Nísia?
Juscyê – “Durante os três anos que passei no conselho tutelar de Nísia, sempre batíamos nessa questão da segurança. A questão de Nísia e esses três poderes, esta em poder cobrar que se tenha um fórum mais participativo, de criar um fórum como São José faz, de levar o fórum e a promotoria até as comunidades. Existia um projeto chamado de câmara itinerante que escutava a população, por que a questão de segurança ela parte primeiro da participação da comunidade. Eu acho que é criar ouvidorias, participar de reuniões com delegados, pois já participei de reuniões em 2009 na Câmara Municipal de Nísia, sobre segurança pública, que a policia civil tinha um trabalho individualista da policia militar e eu acho que deve ser cobradas, mais audiências dessas, não na Câmara, mas nas comunidades, conforme a população requisite. Eu nunca vi reunião com delegados e a população cobrando que a policia não faz o trabalho direito ou que deveria ter uma ronda, a própria criação da ronda escolar é uma coisa imediata, é um projeto que existe no estado e que pode ser facilmente alocado no município, desde que haja vontade do poder executivo e logicamente partindo da ideia de alguém do legislativo”.
TN - Como cidadão pagador dos seus impostos, você concorda em pagar por serviços de vigilância particular, quando na verdade é dever do Estado oferecê-la com êxito e precisão ao cidadão? Justifique sua resposta.
Juscyê – “Não é uma prática saudável, mas se eu ou a população não nos sentimos seguros por que achamos que a proteção oferecida pelo estado não é suficiente e pagamos para tal, eu não vou me opor, mas não acredito que seja uma prática saudável. Eu acho que isso abre brechas para que o serviço deixe de acontecer plenamente, pois aquela ronda que não passa na sua rua, você passa a pagar por uma particular, então isso gera um acomodamento maior para serviços que deveriam acontecer. Se é dever do estado, da cidade e do país, essas práticas devem acontecer, agora elas não devem servir de paralelo para proteger ou minimizar, mas sim, deve servir de base da parte de cada um do desejo de melhoria.”
INFRAESTRUTURA/HABITAÇÃO
TN - Quais projetos de urbanização têm em mente para nossas vias públicas, seja elas urbanas e/ou rurais?
Juscyê – “Começando pela entrada, se você seguir no sentido Natal/ Nísia, vai entrar na cidade e não vai ver o menor sinal que informe onde você esteja. Muitas pessoas param na bodega do meu avô lá em Nísia e perguntam onde estão exatamente, justamente pela falta de estrutura e de informações verticais. A questão da urbanização, ela logicamente é um planejamento a médio e longo prazo, mas acredito que deveria começar em frente às escolas e prédios públicos e logicamente isso se estender as praias, ao centro de Nísia. Eu sempre reclamei daquela entrada de Nísia por que a cidade merecia um pórtico de informações não só para os turistas, mas principalmente para as pessoas que moram aqui em Nísia, para nós que somos dom município tomar mais gosto, pois se criou essa imagem de quanto pior...melhor e as pessoas estão acomodadas a colocarem sempre a culpa em alguém e não param para resolver, quando sabemos que a culpa não é da população. Então a questão de urbanização é criar projetos de usar o que se tem, o que se pode fazer rapidamente, acho que projeto de dois ou três anos, eles devem voltar a ser discutidos depois das pessoas serem eleitas, por que não adianta eu ficar o tempo todinho aqui dizendo o que é, quando o candidato eleito vai ter quatro anos. Será que o blog vai me procurar se eu perder a campanha? Saber meu posicionamento?. Será que o blog vai fazer esse acompanhamento?. Por que os políticos só aparecem de quatro em quatro anos e as pessoas só questionam política de quatro em quatro anos também, ou seja, eu acho que a política deve ser discutidas todos os dias e é isso que venho fazendo e não vou parar por que tenho amor pela música, pela educação, pois sou professor, e como nativo, acredito que não devemos mudar isso.”
EXTRA
TN - Se você não fosse candidato a vereador da Cidade de Nísia, você votaria em algum dos demais candidatos? Justifique sua resposta.
Juscyê – “Eu confesso que não parei para fazer uma análise, mas simpatizo com algumas ideias, porém eu não me arrisco a citar o nome de outra pessoa, pois não parei para escutar ao fundo essas pessoas. Além do mais, hoje a politica partidária, ela divide as pessoas quando o certo seria unir, então hoje nós podemos perder o mandato por infidelidade partidária, por exemplo, se eu for pego com um opositor meu e fizer elogios ou defender o mesmo. Então isso inibe, cria inimigos e limita detalhes que fazem a diferença no meu voto”.
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