Verdades do Isolamento Social
- Michell Fernandes
- 21 de abr. de 2020
- 4 min de leitura
O isolamento social é uma realidade na vida de muitos hoje em dia e não há como negar que são tempos difíceis, pois, nunca passamos por algo tão impactante nas nossas rotinas e nem se quer sabemos ao certo como serão os dias a nossa frente. As duvidas em nossas cabeças são muitas e se não tivermos um foco específico na nossa saúde mental, poderemos ficar angustiado com tudo a nossa volta.
Enquanto os anos anteriores vinham com altos índices de mortalidade por outras doenças e violência demasiada, o ano de 2020 iniciou com a pandemia que está preocupando muita gente e gerando expectativas em torno de uma avalanche de informações que chegam aos nossos smartphones quase que instantaneamente, nos deixando nervosos, estressados e cheios de expectativas (ansiedade).
A transformação radical das nossas rotinas em dias de confinamento tem impactado na forma como direcionamos nossas emoções e muitas vezes, focamos em algo relativamente fútil ao nosso dia-dia durante o isolamento em casa.
Se pararmos para refletir a cerca de todas as informações que absorvemos através da tv e celular, talvez possamos entender que muitas delas contribui para um objetivo em comum: gerar medo excessivo e pânico. Procurar fontes confiáveis e evitar a propagação de Fake News, já é um bom exercício para a sua saúde mental e das pessoas que estão no seu círculo social.
Durante este período é importante estabelecer uma série de rotinas a serem executadas ao longo do dia. Sendo assim, evitar o uso demasiado de celulares, bem como, não ficar na frente da tv por muito tempo vai lhe ajudar a vivenciar momentos diferentes e tomar decisões sobre ações simples. Isto por si só, pode trazer prazer quando executadas.
O “Controle das emoções” podem ser um termo de pouco conhecimento para muitos, porém se colocadas em prática, é uma forma indireta de executar qualquer atividade buscando a qualidade(forma) e comprometimento(força de vontade) sem ao menos ter entendimento sobre a existência desses comportamentos em cada um de nós.
Em uma linguagem mais popular, significar fazer algo no seu dia-dia com satisfação, ou seja, aquilo que começamos, damos continuidade da ação e por fim concluímos com êxito. Naturalmente isto nos gera bem estar e equilíbrio sobre o nosso modo de pensar(emoção) e agir(razão).
Precisamos estar comprometidos com nossas atitudes diárias, sabendo o que fazemos ou deixamos de fazer. Tendo este controle, suas ações irão impactar diretamente nas pessoas que estão inseridas no mesmo ambiente. Não basta estar presente em sua casa e querer ser notado apenas quando temos uma necessidade individual como, por exemplo: o ato de sair do seu quarto para ir buscar um alimento e retornar ao que estava fazendo sem notar as pessoas ao seu redor.
É difícil aceitar a realidade dos dias atuais e procurar se reinventar nesse isolamento social é um processo que requer muita força de vontade. Na maioria das vezes, nos vemos impulsionados a agir sob a influência de pessoas próximas, seja pelo cuidado que temos com elas ou pela dependência direta.
É nas dificuldades que sempre buscamos se reinventar e a quem diga que essa habilidade comportamental seja uma questão de instinto, más, o que precisamos mesmo nesses dias de reclusão é de domínio das nossas emoções.
Modificar a nossa rotina, filtrar as informações recebidas, isolar os pensamentos negativos e desligar o motor da vida cotidiana que antes, era ligado logo cedo a cem por hora e desligado somente tarde da noite, quando o corpo já dava seus últimos passos em direção à cama. Já farão uma enorme diferença no controle de suas emoções.
Pequenos gestos podem nos ajudar bastante a entender o momento em que estamos vivenciando.

A quarentena tem provado que a maioria das pessoas não conseguem viver sem manter alguma relação com o próximo ou criar vínculos, más, o sentimento de solidão tem perdido o seu significado diante das possibilidades tecnológicas que temos em nossas casas.
As relações virtuais nunca ganharam tanta força como agora.
Ainda sim, é necessário buscar algo mais que nos aproxime daquilo que mais gostamos ou necessitamos em público. E para isto é importante entender aquelas pessoas com quem você passa mais tempo, pois, diferente de estarem juntos em horários específicos como antigamente, hoje são praticamente vinte e quatro horas dividindo o mesmo espaço com suas emoções e atitudes que irão impactar de forma positiva ou negativa na sua casa.
A prática da empatia (capacidade de se colocar no lugar do outro) irá ajudar a entender e valorizar o que temos de mais precioso em nossas vidas: nossa família.
No cotidiano do dia-dia corremos para trazer o alimento a nossas casas e muitas vezes não damos conta de que nossos parentes estão envelhecendo, nossos filhos crescendo rápidos e que muitas vezes, perdemos alguns dos melhores momentos que teríamos ao lado deles pelo simples fato de não termos tempo disponível. Então, o que dizer dos dias atuais ao lado da nossa família? É uma resposta complexa para muitos em suas casas, tendo em vista a cultura em cada família está inserida.
Ainda podemos esperar dias melhores sendo positivos, tendo esperanças e principalmente: acreditando que vamos superar tudo da melhor maneira possível. Certamente não será fácil e nem tão pouco foi o intuito deste artigo promover o contrário, pois, tenho certeza de que já não está fácil agora.
Acredito que em breve voltaremos a nos reunir e trocaremos nossas experiências desse isolamento pessoalmente, pois, cada dia do isolamento em nossas casas é uma história que escrevemos e uma lição que tiramos como aprendizado.
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